sábado, 4 de maio de 2013

050 - Investigação de práticas funerárias no NIA



Estrutura com deposições de restos de cremações (Perdigões, Serctor Q)
A investigação das práticas funerárias na Pré-História Recente é uma temática central da actividade do NIA. Participando em dois projectos FCT em curso dedicados a esta temática, foi organizador de um colóquio internacional em Novembro passado na Fundação Calouste Gulbenkian dedicado a esta temática, interveio no colóquio anual da ERA com uma comunicação sobre o recinto (funerário) de Bela Vista 5 e recentemente esteve presente, com comunicação e posters em parceria com o CIAS, no IIº Congresso Internacional sobre Arqueologia de Transição: O Mundo Funerário realizado na Universidade de Évora.
O próximo passo neste percurso será no próximo dia 11 de Maio em Abrantes, no encontro “A morte protegida. Discursos arqueográficos e discursos mentais. Modalidades funerárias na Pré-História Recente”, com a comunicação :

"Arqueologia da morte da Pré-História Recente no interior alentejano: como uma revolução empírica também depende de uma revolução teórica."  por António Carlos Valera.

Resumo:
"O interior alentejano tem assistido nos últimos anos, e no que à Pré-História Recente diz respeito, a uma catadupa de nova e importante informação, a qual tenho vindo a apelidar de revolução empírica, dada a transformação que implica nos conhecimentos prévios para a região. Os contextos funerários têm participado dessa dinâmica e a visão das práticas funerárias, do Neolítico à Idade do Bronze, tem-se alterado significativamente. Porém, a descoberta de todo este manancial de novos dados reclama por novas posturas teóricas, na medida em que a aquisição de dados e a sua valorização não são feitos num quadro de "tábua raza" ou de neutralidade teórica, mas sim enquadrados por matrizes conceptuais e questionários de construção teórica, que interferem na percepção desses dados e sem os quais muitos deles nem sequer se constituem como tal.

Nesta comunicação, sublinhando as principais alterações que se têm produzido no registo arqueológico de contextos funerários no interior alentejano no período em questão, apresentarei alguns dos reposicionamentos teóricos que considero fundamentais para uma abordagem consequente às problemáticas destas práticas funerárias."